*Artigo publicado na edição de fevereiro do Jornal Renovação
Muito se tem falado das diferentes crises que assolam a Educação no País. É a escola pública que pouco ensina e, assim, seus egressos não aparecem nos melhores resultados da Prova Brasil e do ENEM. Todavia, ela é uma escola inclusiva: todos entram. Mas, infelizmente, ninguém parece se importar em como eles saem... Esse é o retrato da formação docente cada vez mais fragilizada e sem nenhum atrativo para o desenvolvimento profissional. São os professores que constantemente fazem greve por melhores condições de trabalho e salário.
E nos últimos dias fomos surpreendidos com a crise na universidade particular, culminando com o descredenciamento da Universidade Gama Filho (ícone do ensino universitário particular na década de 90) e da UniverCidade, ambas do Rio de Janeiro.
E nos últimos dias fomos surpreendidos com a crise na universidade particular, culminando com o descredenciamento da Universidade Gama Filho (ícone do ensino universitário particular na década de 90) e da UniverCidade, ambas do Rio de Janeiro.
A medida foi tomada devido a uma crise financeira que atingiu 12 mil alunos e a outros tantos mil entre professores e funcionários que agora vão conhecer a crise do salve-se quem puder, na corrida por uma instituição de ensino que os possa acolher.
Entendo que uma crise é uma oportunidade de reestruturação, de replanejamento, de reorganização. É algo para ser superado, e ao que parece as duas instituições sucumbiram à crise. E o que fez o Ministério da Educação? No mínimo, foi permissivo, deixou acontecer...
A Educação no Brasil está em crise. E as autoridades políticas e educacionais estão permitindo a instalação do caos. Redefiniu-se o papel do Estado e da sociedade civil e, como consequência, aí estão a flexibilização das políticas, a gestão participativa e compartilhada e um novo papel à cidadania. Pobre povo brasileiro! E coitada da nossa Educação...
*Sara Rozinda Passos é pesquisadora e professora na área de Educação. Fundação Cesgranrio (RJ).
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